A integração sul-americana como estratégia de projeção internacional durante o governo Lula: o caso da cooperação nas fronteiras

Márcio Scherma

Resumo


As fronteiras são regiões geográficas que se distinguem das demais especialmente devido ao fato de que nelas as interações internacionais são uma realidade cotidiana. Essa interação comporta fluxos de pessoas, mercadorias, recursos financeiros, culturais, dentre outros, podendo ter impacto positivo ou negativo para os países, dependendo do investimento e atuação de ambos na região. O Brasil é o maior país da América do Sul, apresentando 15.719 km de fronteiras terrestres, com nove países mais a Guiana francesa. A extensão de suas fronteiras e o número de países com os quais faz divisa conferem à região papel central na integração regional com os vizinhos sul-americanos e também no desenvolvimento do país. Apesar dessa importância, políticas que buscavam a cooperação com os demais países sul-americanos nas fronteiras brasileiras são bastante recentes. O objetivo do presente artigo é, portanto, analisar os atuais desenvolvimentos quanto a essa cooperação, sobretudo as iniciativas principiadas no governo Lula da Silva. Para isso, é preciso antes analisar os motivos pelos quais a fronteira era tratada de forma diferente antes do século XXI, bem como as mudanças internacionais, regionais e locais que possibilitaram o surgimento dessa nova visão.

Texto completo:

PDF


DOI: https://doi.org/10.26694/rcp.issn.2317-3254.v3e2.2014.p45-68

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2317-3254