UMA ANÁLISE DA FUNÇÃO DOCENTE NA ERA LÍQUIDA SOB O ESPECTRO DA FILOSOFIA

Autores

  • ELIANE JURASKI CAMILLO Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.26694/5876

Palavras-chave:

Educação, Função Docente, Sociedade Líquida

Resumo

O presente artigo, resultado de revisão bibliográfica, se ocupa de uma análise da função docente na era líquida, realizada sob o espectro da filosofia. O texto se propõe a refletir e problematizar a função docente e alguns de seus principais entraves na atualidade, como a perda do papel de centralidade do professor no âmbito da educação, bem como a ausência de ócio dos professores que trabalham com a educação básica e seus desdobramentos, tanto os que incidem para esses professores de modo direto, enquanto sujeitos, quanto àqueles que possuem implicações para a educação como um todo. Para se chegar a esse objetivo, o texto, primeiramente, resgata, objetivamente, o caminho percorrido pela filosofia no decorrer de sua historicidade, indicando, através da visão de Dalbosco (2003), a relação existente entre a filosofia e a pedagogia, nem sempre produtiva, a qual precisa ser modificada, com a filosofia, por intermédio de seu papel reflexivo, auxiliar a educação a constantemente revisar seu papel e suas práticas, auxiliando-a a buscar soluções para suas problemáticas, dentre as quais, a apontada nesse artigo. Através de Bauman (2008), é esmiuçada a sociedade líquida, racionalidade na qual os problemas da educação e da função docente vêm acontecendo. Em suas conclusões, o artigo apresenta algumas pistas no sentido de edificar uma educação melhor para todos, através da valorização da função docente, agente de extrema importância na busca pela autonomia e emancipação, bem como no resgate da humanização no mundo líquido.

Biografia do Autor

ELIANE JURASKI CAMILLO, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda em Educação pela UFSM de Santa Maria-RS. Mestre em Educação pela UNISC de Santa Cruz do Sul-RS. Possui graduação em Letras pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – FW. 

Referências

ADORNO, Theodor W. Tabus a respeito do professor. In: ZUIN, Antonio; PUCCI, Bruno; RAMOS-DE-OLIVEIRA, Newton. Adorno: o poder educativo do pensamento crítico. 3. ed.Petrópolis: Vozes, 2000.

ADORNO, Theodor. Teoria da semicultura. Educação e Sociedade, Campinas, ano XVII, n. 56, p.388-411, dez. 1996.

ARROYO, Miguel González. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. 2. ed. Petrópolis: Vozes,2000.

BAUMAN, Zygmunt. Medo líquido. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2008.

BLOCH, Ernst. O princípio esperança. Rio de Janeiro: Contraponto, [2005-2006].

DALBOSCO, Claudio Almir (Coord.). Filosofia prática e pedagogia. Passo Fundo: UPF, 2003.

DE ROSSI, Vera Lúcia Sabongi. Gestão do projeto político-pedagógico: entre corações e mentes.São Paulo: Moderna, 2004.

DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. 8. ed. São Paulo: Autores Associados, 2005.

ENGUITA, Mariano F. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo. Porto Alegre:Artes Médicas, 1989.

MARCUSE, Herbert. A ideologia da sociedade industrial. 4. ed. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1973.

STRECK, Danilo R. Rousseau & a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

Publicado

2015-10-26

Edição

Seção

Artigos