MICROCLIMAS URBANOS NA ÁREA CENTRAL DO BAIRRO DA MESSEJANA, FORTALEZA/CE.

Flávia Ingrid Paiva, Maria Elisa Zanella

Resumo


As cidades têm se caracterizado como o lócus principal de morada do ser humano desde meados do século XX; hoje mais da metade da população mundial vive em cidades. Contudo as mesmas, como integrantes das relações estabelecidas no planeta, se colocam enquanto forte indutoras de modificação dos ambientes naturais. O Clima é um dos fatores ambientais que mais sofrem influencia e influenciam os meios urbanos e a região sudeste de Fortaleza, visto seu acelerado crescimento populacional e de malha urbana, carece de estudos que relacionem estas modificações do ambiente natural e as possíveis alterações climáticas delas decorrentes. Nesta perspectiva nos propomos a investigar, seguindo a metodologia do Sistema Clima Urbano de Monteiro (1976, 2003), o clima em áreas intra-urbanas de Fortaleza, mais especificamente a região central do bairro da Messejana. Objetivando analisar os contrastes térmicos e o conforto humano e a influência do uso e ocupação do solo nesses parâmetros climáticos, utilizando para isso a análise em escala microclimática. As principais componentes climáticas analisadas foram temperatura, umidade relativa do ar e intensidade e direção dos ventos, além das componentes urbanas fluxo de veículos e pessoas; para tanto foram estabelecidos, tendo em vista os diferentes padrões de uso e ocupação do solo, pontos de coleta representativos das diferenciações urbanas e históricas locais. A partir dos dados coletados pode-se constatar que os usos e ocupações diferenciadas do solo, assim como níveis de preservação diferenciados do meio ambiente, influenciam enormemente nas condições climáticas observadas nos diferentes pontos de coleta. Isto se verificou pela observação de microclimas bastante diferenciados entre pontos de pequeno distanciamento. Observou-se também que estas alterações no meio natural, embora promovidas pelo próprio homem, segundo suas necessidades, são prejudiciais a este, na perspectiva em que diminuem o conforto térmico destes pontos mais alterados.


Palavras-chave


Clima Intraurbano. Escala Microclimática. Conforto Térmico. Fortaleza. Messejana.

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DOI: https://doi.org/10.26694/equador.v2i2.1399

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Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI)

ISSN 2317-3491

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