A DETERIORAÇÃO URBANA E “A CULTURA MOTORIZADA NA AMÉRICA LATINA”

Diego Armando Cespedes Alvarez, William Rodrigues Ferreira

Resumo


Este artigo busca compreender como, a partir da expansão urbana e da modernização da América Latina, a estruturação dos espaços urbanos - espaços públicos - começou a sujeitar-se a uma motorização privada, tornando o planejamento urbano um consentimento ao investimento de uma cultura que acaba por deteriorar as cidades, assim como a qualidade de vida nas mesmas. Neste sentido, é também objetivo deste artigo pensar em como o urbanismo contemporâneo, advindo das críticas à modernidade, inicia uma nova reflexão quanto aos espaços a fim de reabilitá-los em busca de sustentabilidade e de revitalização das cidades. Essas reflexões são realizadas mediante dados da Corporação Andina de Fomento; do Observatório de Mobilidade Urbana para América Latina (CAF), Comissão Económica para América Latina e o Caribe (CEPAL); da Organização Mundial da Saúde (OMS); do Banco Mundial (BM); BBVA-research. Assim as análises realizadas, confirmam que o uso intensivo e indiscriminado do automóvel, os investimentos públicos, os impactos na mobilidade urbana (congestionamentos, redução de espaços públicos, emissão de poluentes entre outros) e os impactos na organização das cidades da América Latina no século XXI, são resultados das ações do poder público que privilegia a lógica corporativa da produção da indústria automobilística favorecendo o capital privado. Desta forma, na América Latina, há uma consciência da necessidade de um modelo alternativo ao sistema de transportes vigente, porém, o que se confirma é uma renúncia nesse sentido, ou seja, não há compromisso dos poderes públicos que evidenciam uma mudança.


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DOI: https://doi.org/10.26694/equador.v5i2.4851

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Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI)

ISSN 2317-3491

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