CONEXÕES ENTRE CLIMA E DESERTIFICAÇÃO: trajetórias e suscetibilidade no nordeste brasileiro

Ivamauro Ailton de Sousa Silva

Resumo


Este artigo tem como objetivo apresentar uma contextualização histórica e discussões conceituais sobre o processo de desertificação. Para seu desenvolvimento, foram necessárias quatro etapas distintas e complementares: revisão bibliográfica; elaboração de mapas temáticos; aquisição de dados meteorológicos e obtenção, análise e construção de climogramas. A realização desta pesquisa permitiu compreender que a desertificação constitui um processo que combina alterações ambientais provocadas por fatores naturais e antrópicos. As causas antrópicas estão associadas ao desmatamento e ao uso e manejo inadequado das terras, ocasionados por atividades agrícolas, mineração e pecuária. O estado da arte aponta que condições climáticas como a semiaridez, secas prolongadas, os reduzidos volumes pluviométricos e a escassez hídrica são indicadores adequados para avaliar a suscetibilidade à desertificação. No Brasil, as áreas nas quais o processo é mais evidente estão localizadas em clima semiárido e subúmido seco, na região Nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Os núcleos de desertificação (Gilbués-PI, Irauçuba-CE, Cabrobó-PE e Seridó-RN) apresentam variações na quantidade e distribuição pluviométrica, mostrando períodos semelhantes e diferenças marcantes no regime e ritmo pluvial. O artigo revela trajetórias históricas e conceituais pertinentes, sobretudo, porque reflete a conexão entre clima e desertificação, destacando a complexidade e dimensão do processo em diferentes escalas geográficas.

Palavras-chave


Desertificação; Clima; Nordeste Brasileiro

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DOI: https://doi.org/10.26694/equador.v8i2.9265

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Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI)

ISSN 2317-3491

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