Clientelismo e teoria democrática: do passado ao presente

Adauto de Galiza Dantas Filho

Resumo


Este artigo tem como objetivo fazer uma discussão acerca do conceito de clientelismo levando em consideração sua natureza racional e sua evolução semântica ao longo do tempo. Parte desse exercício mostra que tal conceito-chave se relaciona com a teoria democrática participativa, revelando implicações de cunho normativo. Alguns trabalhos empíricos são levantados para reforçar a ideia de que relações clientelísticas não desaparecem com os processos de democratização e de participação política, refutando a dicotomia que tradicionalmente liga o clientelismo ao atraso político e econômico. As conclusões robustecem que não há uma característica singular que defina clientelismo e que sua natureza metamórfica é um dos fatores explicativos da coexistência entre assimetria clientelística e instâncias democráticas participativas.



Palavras-chave


Clientelismo. Relações assimétricas. Teoria democrática participativa.

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DOI: https://doi.org/10.26694/rcp.issn.2317-3254.v6e2.2017.p81-96

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ISSN 2317-3254