https://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/issue/feedRevista EntreRios do Programa de Pós-Graduação em Antropologia2023-10-25T22:54:37-03:00EDITOR/A CHEFE/Arevistaentreriosufpi@gmail.comOpen Journal SystemsA Revista EntreRios é uma publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Piauí, que visa contribuir para a divulgação do conhecimento Antropológico e favorecer o diálogo entre os/as antropólogos/as e profissionais de áreas afins, no Brasil e exterior.https://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14350Apresentação2023-10-25T22:44:14-03:00Raoni Borges Barbosaraoniborgesbarbosa@gmail.comMaria Chaves Jardimmaria.jardim@unesp.br<p>Emoções e Moralidades constituíram-se como rubricas acadêmicas e metaconceitos que apontam para esforços contemporâneos (de 1970 para cá) de repensar teórico-metodologicamente o exercício socioantropológico. Entretanto, muitas das discussões que fazem parte da agenda de alguns dos clássicos da sociologia e da antropologia, que direta ou indiretamente tocaram nesse temas, podem ser compreendidas como debates em torno das Emoções e Moralidades para o entendimento do Indivíduo, do Social e da Cultura.</p>2023-10-22T23:30:24-03:00Direitos autorais 2023 Raoni Borges Barbosahttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14112O sangue estampado - menstruação, antropologia das emoções e design em um projeto inspirado no livro de Lara Owen2023-10-25T22:45:10-03:00Larissa Maués Pelúciolarissa.pelucio@unesp.br<span>Este artigo apresenta e discute um conjunto de estampas que foram concebidas a partir dos arquétipos menstruais propostos por Lara Owen, em seu livro S<em>eu Sangue é Ouro</em>. Os desenhos foram pensados como linguagem de resistência e ressignificação das emoções em torno do ciclo menstrual associado, pelas pessoas que participaram da pesquisa, à vergonha, ao medo e, por vezes, ao desejo de ter nascido com outro corpo. O ciclo menstrual é discutido a partir de aportes críticos dos estudos feministas pós-estruturalistas, da antropologia das emoções contextualista e do design emocional. Tencionamos as abordagens biologizantes em torno da menstruação e das emoções propondo-nos, por meio dos desenhos estampados em camisetas, provocar outros olhares e politizar as emoções em torno da menstruação.</span>2023-10-22T23:30:24-03:00Direitos autorais 2023 Larissa Maués Pelúciohttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14351"A morte em segredo": moralidades e falência civilizacional na pandemia da Covid-19, Brasil2023-10-25T22:44:14-03:00Fanny Longa Romeroflongaromero@unilab.edu.brRaoni Borges Barbosaraoniborgesbarbosa@gmail.com<p>O artigo problematiza a produção de moralidades em disputa no contexto atual da morte por Covid-19 no Brasil, em que se configura um cenário pandêmico de grave crise sanitária e tragédia nacional expressas em mais de 600 mil óbitos oficiais. Parte do pressuposto da emergência de (a)moralidades como novas configurações de sociabilidade na medicalização do "kit covid" e na ocultação de mortes por Covid-19. Busca entender de que modo a questão de moralidades, atrelada a uma específica vocação política na gestão de corte neoliberal da pandemia, instaura uma falência civilizacional e, em consequência, uma crise social e anticivilizatória no país. A metodologia da análise é qualitativa e tem com base reportagens e notícias atualizadas da mídia impressa e virtual e de quadros situacionais performáticos referentes à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, realizadano Senado Federal.</p>2023-10-22T23:30:25-03:00Direitos autorais 2023 Fanny Longa Romero, Raoni Borges Barbosahttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14077Confianza, miedo y pragmatismo. Sobre las experiencias personales de vacunación contra el COVID-192023-10-25T22:44:14-03:00Marina Moguillanskymmoguillansky@gmail.comMelina Fischerfischer.melina@gmail.com<p dir="ltr"><span>Las campañas de vacunación contra el COVID-19 fueron una inflexión en el desarrollo de la pandemia, llevando a una disminución de los casos graves y de las muertes que a su vez derivó en una situación de endemia. No obstante, su implementación no estuvo exenta de discusiones y conflictos políticos con alta visibilidad mediática. Este artículo analiza, a partir del caso argentino, el proceso de decidir aplicarse la vacuna contra el covid-19, a nivel personal y subjetivo, desde la perspectiva de la sociología y la antropología de las emociones. Desde un abordaje cualitativo, basado en entrevistas en profundidad, se analizan las creencias y los repertorios emocionales asociados con la decisión de vacunarse en dos grupos de actores: por un lado, quienes presenta su experiencia con las vacunas como satisfactoria y asociada a la confianza y la tranquilidad, y por el otro, quienes a pesar de tener dudas y miedos, decidieron vacunarse. </span></p>2023-10-22T23:30:26-03:00Direitos autorais 2023 Marina Moguillansky, Melina Fischerhttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/13891Reflexões sobre a morte, o luto e a emoção no contexto pandêmico: entre os olhares de Norbert Elias e Mauro Koury2023-10-25T22:44:14-03:00Alexandre Paz ALmeidaalexpazalmeida@phb.uespi.br<p>Este artigo apresenta contribuições teóricas sobre o fenômeno do luto, da morte e das emoções como parte das reflexões desenvolvidas por Koury (2003, 2004, 2005), pioneiro na consolidação teórica e metodológica de pesquisas em Antropologia e Sociologia das Emoções no Brasil, analisando as inter-relações entre emoções, indivíduo e sociedade, principalmente na contemporaneidade urbana brasileira. O tema do luto e da morte foi trabalhado enquanto recorte para pensar os processos de mudança comportamental entre a ideia de sociedade tradicional e relacional, para padrões mais individualizados e intimistas, experienciados por classes médias e populares de cidades do Brasil. O artigo também teceu considerações sobre a influência que Norbert Elias pareceu desenvolver no pensamento de Koury e suas formulações conceituais a respeito da vergonha, embaraço, autocontrole, entre outros, fundamentais no olhar de Koury (2003) em relação à formação de um <em>ser discreto.</em></p>2023-10-22T23:30:27-03:00Direitos autorais 2023 Alexandre Paz ALmeidahttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14053Imagens da institucionalização do skate em Imperatriz-MA2023-10-25T22:44:14-03:00Vitoria Sousa Oliveiravitoria.oliveira@discente.ufma.brJesus Marmanillo Pereiramarmanillo.jesus@ufma.brPartindo da hipótese de que a produção de imagens caracteriza uma importante etapa que marca os processos de institucionalização e sociabilidade ligados ao skate, na cidade de Imperatriz-MA, o presente artigo toma a produção e circulação imagética para compreender e analisar aspectos sociotécnicos presentes na formação de três importantes coletivos locais. Para tanto, nos valemos dos estudos de Mauss (2003), autor que oferece importantes contribuições tanto nos estudos da técnica quanto nos das emoções, Simmel (2006) que nos possibilitou valorizar o aspecto da sociabilidade e assim por diante como Giancarlo (2012), Pereira (2019) entre outros mais especializados no tema do skate. Portanto, nas conclusões preliminares, observamos a importância da produção de imagens nos processos de institucionalização dessa prática urbana, como forma de expressão de determinadas técnicas e usos das emoções nos processos associativos que caracterizam os coletivos locais de skate.2023-10-22T23:30:27-03:00Direitos autorais 2023 Vitoria Sousa Oliveira, Jesus Marmanillo Pereirahttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14084A telenovela brasileira em foco: uma análise sobre intimidade, emoção e processos de subjetivação em Pantanal2023-10-25T22:44:14-03:00Thaís Caetano de Souzatcc.souza@unesp.brLucas Flôres Vasqueslucas.vasques@unesp.brO artigo tem por objetivo demonstrar em que medida a telenovela brasileira porta uma gramática moral-afetiva que estimula processos de subjetivação dos brasileiros e brasileiras que a assistem. Para isso, realizamos uma pesquisa empírica com construção de dados via questionário google <em>forms</em>, divulgado nas redes sociais durante a veiculação do último capítulo de <em>Pantanal</em>, escrita por Bruno Luperi e exibida em 2022 pela TV Globo, remake da original de 1990. Aplicamos 253 questionários, com 20 perguntas, enfatizando as relações emocionais, afetivas e morais com a telenovela. Os dados obtidos se relacionam com a intimidade, moralidade e afetividade dos telespectadores, que são acionadas pelos personagens e suas histórias, promovendo uma espécie de identificação entre telespectador-obra, telespectador-personagem.2023-10-22T23:30:27-03:00Direitos autorais 2023 Thaís Caetano de Souza, Lucas Flôres Vasqueshttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14056Uso de crack, experiência espacial e sentimentos: a lugaridade fugaz entre euforia e ressentimento no Centro Histórico de Belém2023-10-25T22:44:14-03:00Alan Pereira Diasalan-lp@hotmail.com<p>O artigo versa sobre cenas abertas de uso de crack e/ou similares, aglomerações e apropriações de fragmentos do espaço público que gravitam em torno dessas substâncias psicoativas. Ancorado em um referencial geográfico e fenomenológico-existencial, objetivou-se analisar o papel dos sentimentos na constituição de imagens e sentidos de lugar por pessoas que habitam cenas de uso no Centro Histórico de Belém, de maneira a esboçar uma geografia emocional. A partir de trabalhos de campo e entrevistas, identificou-se um contexto de vulnerabilidade e desfiliação social, onde os sujeitos estão em situação de rua ou evitam voltar para o lar. Assim, suas lugaridades são marcadas por um embaralhamento de imagens topofílicas (afetivas) e topofóbicas (negativas) em relação à cena, atravessadas pela euforia fugaz da droga, o ressentimento em torno do uso e as implicações negativas do contexto.</p>2023-10-22T23:30:28-03:00Direitos autorais 2023 Alan Pereira Diashttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14352Capital erótico e trabalho emocional no cotidiano de promotoras de eventos: notas teóricas2023-10-25T22:44:14-03:00Iáscara Gislâne Cavalcante Alvesiascaragislane@gmail.comJean Henrique Costaprof.jeanhenriquecosta@gmail.comRaoni Borges Barbosaraoniborgesbarbosa@gmail.comEste ensaio buscou compreender como o capital erótico e o trabalho emocional operam no cotidiano profissional de promotoras de eventos. Nesse sentido, a reflexão sobre as implicações teóricas destes conceitos objetivou examinar criticamente o Mito da Beleza criado nos mercados de eventos, bem como apontar a violência simbólica que as mulheres trabalhadoras aí vivenciam. O mercado de eventos, com efeito, caracteriza-se por ser extremamente absorvente de mulheres jovens e extremamente seletivo em relação à contratação e adestramento de corpos e comportamentos tidos como fachada pública de valor comercial pelo que a trabalhadora agrega à empresa. Com base no levantamento bibliográfico e nas discussões até então realizadas, o ensaio aponta que a pressão sobre e entre as mulheres no jogo simbólico-interacional do trabalho estruturalmente organizado pelos ditames do Capital é intensa graças a uma configuração social e cultural que insiste em enxergá-las como objeto ou como uma figura submissa que deve ser capaz de reproduzir o que lhes é ordenado sem jamais reagir ou questionar. Pressão esta que se manifesta como exercício de envergonhamento sobre corpos indesejáveis e de imposição de conduta sobre corpos desejados.2023-10-22T23:30:28-03:00Direitos autorais 2023 Iáscara Gislâne Cavalcante Alves, Jean Henrique Costa, Raoni Borges Barbosahttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14355A masculinidade e o amor como construção social: a busca por relacionamentos saudáveis no grupo “Lugar de Escuta”2023-10-25T22:44:14-03:00Maria Chaves Jardimmaria.jardim@unesp.brPetrus Henrique Coelhopetrus.henrique@unesp.brMateus Tobias Vieiramateus.tobias@unesp.br<p>O ensaio busca explorar o cruzamento entre a ideia de masculinidade e a ideia de amor enquanto construções sociais. Enquanto a masculinidade se coloca como uma extrapolação dos gêneros biofísicos, avançando para categorizações socialmente construídas e dissimuladamente inculcadas, capazes de definir o destino social dos indivíduos, o amor se apresenta como uma forma de relação afetiva composta por códigos e normas culturais (JARDIM 2017; 2019; 2020; 2021), naturalizados, sobretudo, no amor romântico, suposto desejo, direito e destino de todos. Nosso campo empírico capaz de demonstrar o cruzamento dessas duas categorias é o grupo terapêutico "Lugar de Escuta", local onde homens buscam, através do diálogo, construir uma masculinidade saudável, momento em que a masculinidade e o amor se tornam temas centrais. Tem como inspiração teórica a sociologia reflexiva de Pierre Bourdieu (1998; 2002; 2011) e as teorias sobre o amor (LUHMANN, 1991; GIDDENS, 1993; BAUMAN, 2004; ILLOUZ, 2011; BECK; BECK, 2017, JARDIM, 2019).</p>2023-10-22T23:30:28-03:00Direitos autorais 2023 Maria Chaves Jardim, Petrus Henrique Coelho, Mateus Tobias Vieirahttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14353Amor: Ação coletiva intersticial na América Latina2023-10-25T22:44:14-03:00Raoni Borges Barbosaraoniborgesbarbosa@gmail.com<p>A presente obra organizada pelo já renomado e consagrado professor e pesquisador argentino Adrián Scribano (filiado institucionalmente ao CONICET e lotado na Facultad de Ciencias Sociales da Universidad de Buenos Aires) e sua equipe multinacional – composta por Jeanie Herrera (Guatemala), Joziene Assis (Brasil), Melina Amao Ceniceros (México), Rafael Ariaza Peña (Chile) e Sharon Diaz (Uruguay) – provoca o leitor com densa discussão sobre a cultura moral-emotiva latino-americana a partir da emoção específica e ocidental por excelência Amor. Em enfoques contextuais geográfica e nacionalmente dispostos (México, Guatemala, Brasil, Uruguai, Chile e Argentina), mas historicamente conectados pela experiência de trauma, de pânico e de falência de normalidades normativas e, ato contínuo, de remontagem individual e coletiva dos contratos sociais tácitos e suas respectivas imputações axiológicas, comportamentais e expressivas, o Amor é abordado como potência representacional e, sobretudo, como Ação Coletiva (tão ao gosto dos teóricos simbólico-interacionistas) de estruturação tensional de esferas públicas e políticas em torno de conflitos sociais.</p>2023-10-22T23:30:28-03:00Direitos autorais 2023 Raoni Borges Barbosahttps://ojs.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/14354Antropologia e Sociologia das Emoções e Moralidades2023-10-25T22:54:37-03:00Raoni Borges Barbosaraoniborgesbarbosa@gmail.comMaria Chaves Jardimmaria.jardim@unesp.br<p>O <strong>Dossiê EntreRios Antropologia e Sociologia das Emoções e Moralidades</strong> pretende reunir discussão atual, interdisciplinar e teórico-prática de pesquisadores brasileiros e estrangeiros envolvidos em estudos sobre culturas morais-emotivas e seus respectivos repertórios estruturais do mundo social, sobre emoções específicas em contextos históricos ordinários e efervescentes, sobre estilos de vida modernos e tradicionais e suas gramáticas morais-expressivas, sobre etiquetas de conduta e comportamento e seus regimes morais de reciprocidades, sobre processos de constituição do self e do lugar de confiança, pertença e segredo e de suas racionalidades coletivas do agir, da relação e da interação-simbólica pautados no dever, na honra, no prazer, no medo e na vergonha, na ancestralidade e memória, entre outros tantos códigos de inscrição cosmológica da ordem moral-emotiva e cognitivo-expressiva do social.</p>2023-10-22T23:30:28-03:00Direitos autorais 2023 Raoni Borges Barbosa