A SACRALIZAÇÃO DE ELEMENTOS DA NATUREZA E AS DIMENSÕES MÍTICAS DE CIDADES-SANTUÁRIO DO TERRITÓRIO BAIANO

Janio Roque Barrros de Castro

Resumo


A natureza é interpretada de diferentes formas por uma diversidade de coletivos sociais. As matas, os rios, as cavernas e as formas do relevo, por exemplo, podem ser considerados como moradas de divindades e, por isso, serem altamente relevantes para a vida de alguns coletivos etnográficos, como os indígenas. A sacralização da natureza se estende também por coletivos sociais não indígenas que reinterpretam o conteúdo discursivo oficial de algumas religiões hegemônicas e criam, na dimensão das práticas populares, suas próprias narrativas “lugarizadas” no contexto das vivências/experiências com diferentes elementos e formas espaciais. No presente texto, objetiva-se analisar a sacralização de elementos da natureza e as dimensões míticas das práticas devocionais em grutas e morros no território baiano, com especial ênfase aos santuários católicos localizados nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Milagres e Monte Santo. Do ponto de vista teórico-metodológico a pesquisa está assentada nas abordagens da Geografia Humanista e Cultural e suas interfaces dialógicas com as Ciências Sociais, dimensionadas nas leituras das especificidades locais/regionais das cidades-santuários que se constituem o recorte espacial deste trabalho acadêmico, que revelou importantes interações etnográficas no contexto das práticas religiosas relacionadas à natureza e às singularidades de algumas narrativas míticas.


Palavras-chave


Natureza. Cidades-santuários. Práticas religiosas. Narrativas míticas

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DOI: https://doi.org/10.26694/equador.v12i2.14057

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Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI)

ISSN 2317-3491

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