ANÁLISE POR SENSORIAMENTO REMOTO DA EROSÃO EM SISTEMAS COSTEIROS AMAZÔNICOS NO PERÍODO DE 1984 A 2024

Flávia Rebelo Mochel, Fabrício Ferreira Baltazar, Denilson da Silva Bezerra, Deuzanir da Conceição Amorim Lima

Resumo


Aprovado previamente no CIGEPPAM

Realizou-se a análise espaço-temporal da Ilha de Boa Vista de São João, litoral maranhense de Luís Domingues, para verificar as transformações ocorridas nos ecossistemas costeiros de 1984 a 2024, resultantes de processos erosivos. Para os mapeamentos foram utilizadas imagens Landsat 5-TM,  8-OLI e Sentinel 2, órbita-ponto 222-61, do município de Luís Domingues, nos anos 1984, 2015 e 2024. As imagens foram  geoprocessadas com o programa QGis 3.28.6. para produção de mapas e cartas temáticas. Os resultados revelaram que paisagem costeira é constituída por extensos manguezais, apicuns, marismas, praias, baías, estuários, rios, ilhas aluvionares, lagoas salobras, vegetação de terra firme, várzeas e restingas.  Na Ilha de Boa Vista de São João, os ecossistemas principais observados foram manguezais, apicuns, praias e marismas.   Os manguezais são o ecossistema predominante na paisagem, (90%), seguidos pelos apicuns (8%), marismas (1%) e  praias/cordões arenosos(1%) . A análise multitemporal das imagens revelou, entre 1984 e 2015, o desaparecimento de cordões arenosos, a redução nas dimensões de feições costeiras na Ilha de Boa Vista de São João. Nos anos de 1984, 2008 e 2011 as perdas de áreas foram verificadas em manguezais, apicuns, marismas e praias na Ilha de Boa Vista. Constatou-se a perda progressiva de manguezais: 488,160 ha em 1984; em 2015 a área compreendia 278,820 ha e, em 2024, a área restante contabilizou 242,901 ha. Em 2024 ocorreu aumento apenas nas áreas de praias e apicuns em consequência do processo de sedimentação. As mudanças nos ecossistemas costeiros contabilizaram, no total, uma área de 915,93 ha em 1984. Em 2015 essa área foi 539,55ha e, em 2024, a área aumentou para 751,949ha. Recomenda-se associar estudos locais, de campo, com análises de imagens de satélite de diferentes sensores para avaliar com maior precisão as alterações na zona costeira provenientes dos processos de erosão e deposição.


Palavras-chave


Processos erosivos. Mudanças ambientais. Mapeamento costeiro.

Texto completo:

PDF


DOI: https://doi.org/10.26694/equador.v13i2.14791

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI)

ISSN 2317-3491

A Revista está atualmente indexada às seguintes bases de dados: LATINDEX, DIADORIM, IBICT/SEER, SUMÁRIOS.ORG, PERIÓDICO CAPES, GOOGLE ACADÊMICO, GENAMICS JOURNAL SEEK.

A REVISTA EQUADOR faz uso do DOI (Digital Object Identifier), através da associação com o CrossRef

Qualis/CAPES A2