O DESEJO E O NÃO DESEJO DE SABER NA ADOLESCÊNCIA

Lucineia Silveira Toledo

Resumo


A atividade de pensar para a Psicanálise está intrinsecamente relacionada, desde a infância, com a sexualidade e a pulsão. O que motiva, ou que razão leva o sujeito à busca de conhecimento? Essa é uma das questões que trazemos em nossa pesquisa, cujo tema central é a situação de analfabetismo funcional entre adolescentes de 15 a 18 anos, matriculados em turmas de aceleração de estudos em escolas municipais de Belo Horizonte, depois de vários anos de escolarização sem, contudo, conseguirem progredir em seus estudos. Em entrevistas com os professores dessas turmas são inúmeros os relatos de preocupação com a ‘apatia’ de grande parte dos alunos em relação aos conhecimentos escolares: “eles não querem saber de nada, não fazem nada em sala, não querem nada”. Se a adolescência se constitui como um momento em que a apreensão do conhecimento é es­trutural, porque esses adolescentes sujeitos de nossa pesquisa apresentam-se tão apáticos e desinteressados frente aos saberes escolares propostos, o que influencia significativamente na sua dificuldade em constituir um discurso próprio?   O presente trabalho propõe discutir e refletir esse tema à luz da Psicanálise e, para tanto serão abordados alguns de seus conceitos fundamentais – sublimação, recalque, recusa, inibição e sintoma, tentando aplicá-los ao campo da educação e da aprendizagem.

Palavras-chave


Adolescência. Sintoma. Saber. Desejo

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ISSN 2317-2754