PAISAGEM COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO CRÍTICO
Resumo
Nunca, na história humana, a velocidade da mudança foi tão rápida; incerteza e imprevisibilidade, em futuros contextos profissionais, e sociais estão a tornar-se menos claras. A educação está numa encruzilhada, no que diz respeito às propostas de aprendizagem, o que pode permitir que os alunos vivam num contexto volátil permanente. Para isso, as organizações educacionais mundiais insistem na necessidade de que o discente não se concentre apenas no domínio cognitivo, mas inclua capacidades sociais e desenvolva o pensamento crítico e a criatividade. Mesmo diante da imprevisibilidade, sabemos que mais ou menos transformada a paisagem é um recurso sempre presente. Propomos a sua observação, a fim de estimular o pensamento crítico em crianças e jovens. A atitude em relação à realidade deve ser questionadora e proativa; desse modo, confrontar a criança com a paisagem, perguntar coisas a respeito da mesma e propor intervenções no espaço, não apenas desenvolve aspetos geográficos, mas também uma postura crítica. Alguns dados sobre uma experiência realizada em jardins de infância enfatizam e reforçam a assertividade e o potencial didático da paisagem para a formação integral das crianças.
Palavras-chave: Paisagem. Pensamento Crítico. Didática da Geografia. Educação.
Texto completo:
PDFReferências
DEWEY, J. A escola e a sociedade: a criança e o currículo. Lisboa: Relógios d’ Água, 2002.
DEWEY, J. Como pensamos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.
DEWEY, J. Democracia e educação. Lisboa: Didáctica, 2007.
DEWEY, J. Experience and Education. New York: Touchstone, 1997.
DOMINGUES, Á. A Paisagem Revisitada. Finisterra, Lisboa, CEG, v. 36, n. 72, 2001.
EGAN, K. O Desenvolvimento Educacional, Lisboa: D. Quixote, 1992.
EGAN, K. O uso da narrativa como técnica de ensino. Lisboa: D. Quixote, 1992.
FERNANDEZ ENGUITA, M. Más escuela y menos aula. Madrid: Morata, 2018.
GASPAR, J. O retorno da paisagem à Geografia: apontamentos místicos. Finisterra, Lisboa, CEG, v. 36, n. 72, 2001.
PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants: on the Horizon. Emerald Publishing, West Yorkshire, v. 9, n. 5, september/october 2001.
PULVERNESS, A. Film and literature: two ways of telling. In Hilary Jenkins and Michelle Fillery (Ed.) Literature Matters. Hawthornes of Nottingham. British Copuncil’s Literature Departement, London, n. 32, Winter 2002.
REIS, C.; LOPES, A. C. Banda Desenhada. In: C. REIS; A. C. LOPES. Dicionário de Narratologia. Coimbra: Almedina, 1994.
ROBINSON, K.; ARONICA, L. Creative Schools: the Grassroots Revolution that´s Transforming Education. New York: Viking, 2015.
SALGUEIRO, T. B. Paisagem e Geografia. Finisterra, Lisboa, CEG, v. 36, n. 72, 2001.
SILVA, Vitor Manuel Aguiar e. Teoria da literatura. Coimbra: Almedina, 1988.
TUAN, Y. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: DIFEL, 1979.
VERGUEIRO, W. Uso das HQs no ensino. In: VERGUEIRO, W.; RAMA, A.; BARBOSA, A.; VILELA, T.; RAMOS, P. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2021 Miguel Sardica Castro
ISSN: 1677-8049 (Impresso)
ISSN: 2763-9819 (Online)