MANAUS E SEU PROCESSO DE MODERNIZAÇÃO: uma leitura sobre a transformação da “Paris dos Trópicos” na “Cidade Flutuante”, no romance Dois irmãos de Milton Hatoum

Kárita Aparecida de Paula Borges

Resumo


Nesta análise da obra literária Dois irmãos (2000), do escritor amazonense Milton Hatoum, pretende-se compreendê-la atrelada ao contexto sócio-histórico, não como representação do real enquanto documentário, mas perceber a realidade como instrumento (matéria-prima) que o escritor utiliza para recriar, transfigurar, por meio de um discurso ficcional, a realidade em que se insere. Com essa ressalva, faz-se necessário inferir a noção de espaço geográfico (no caso específico o território amazônico brasileiro) como veículo problematizador das relações sociais no âmbito da obra hatoumiana em questão, haja vista que tal concepção propicia uma narrativa ambientada na Manaus das décadas de 1910 a 1960 (desde o fim do Ciclo da Borracha, passando pela 2ª Guerra Mundial até a ditadura militar com O Golpe de 64). Desse modo, tem-se a narrativa contemporânea Dois irmãos como produção artística que engendra uma interpretação do Brasil na medida em que os processos históricos de uma determinada época em Manaus e, também no restante do país, são revelados pelo olhar de um arguto observador (o narrador-personagem Nael).

Palavras-chave: Dois irmãos; literatura brasileira contemporânea; processos históricos.


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