Por um ensino de Filosofia como Heterotopologia
Resumo
Desde o prefácio de As palavras e as coisas (1966) somos desafiados por Michel Foucault a refletir sobre aquilo que seria as heterotopias. Ainda no mesmo ano – 1966 – e também em 1967, em duas conferências distintas, deparamo-nos com o uso de um outro neologismo intrinsecamente ligado a este primeiro: heterotopologia. O presente artigo tem como objetivo refletir sobre uma articulação entre os conceitos de heterotopia/heterotopologia e o ensino de filosofia. Partindo de uma apresentação geral dos termos em apreciação na obra foucaulteana, que se concentrará de modo mais específico na abordagem que o autor oferece-nos na conferência de 1967 – As heterotopias –, com ênfase na análise dos cinco princípios constitutivos da heterotopologia. Por fim defender-se-á que no atual estado-de-coisas em que se encontra a sociedade contemporânea, com o recrudescimento de fundamentalismos e obscurantismos, deve-se propor o ensino de filosofia como uma heterotopologia, isto é, uma reflexão que suscite o aparecimento de outros campos, alocações diversas, linhas de fuga, para a tarefa de pensar a realidade a nossa volta.
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PDFReferências
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DOI: https://doi.org/10.26694/pensando.v13i28.12267
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