Biografias e processos de saúde-doença
Resumo
Em uma sociedade individualista, a vivência dos processos de saúde-doença atende a uma série de requisitos sociais em relação às suas formas de subjetivação. Tal panorama é justificado pelo fato de que a experiência de quem enfrentou uma determinada enfermidade ganha notoriedade e é valorizada como uma narrativa autêntica e, por que não, exemplar. Nessa perspectiva, este trabalho objetiva se configurar como um estudo teórico capaz de refletir sobre as escolhas, as reivindicações e os fatores culturais que envolvem os agentes sociais em seus estados de saúde e doença, a partir de quatro relatos biográficos. São mobilizados conceitos teóricos relativos às ideologias vigentes, tais como estigma, desvio, memória, projeto e agência. O estudo mostra que esses relatos repercutem as ideologias individualistas modernas e reclamam maior “agência” sobre as escolhas pessoais.
Palavras-chave: Biografias. Saúde. Doença. Individualismo. Subjetividade.
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PDFDOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.92202011778
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