Memórias paralelas: o não esquecimento como chave da TV pública para a cobertura da história de golpes vividos e tentados no Brasil

Iluska Coutinho, Ana Paula Goulart de Andrade

Resumo


O artigo busca evidenciar as estratégias de midiatização do não esquecimento na cobertura sobre os 60 anos do golpe civil-militar de 1964 e sobre o marco de um ano da tentativa de golpe de janeiro de 2023 realizada pela TV Brasil, emissora pública brasileira. A partir do contato com a empiria, a proposta é refletir sobre o ato de rememorar as histórias como ação de (re)existência do Jornalismo, entendido como instituição social comprometida com a democracia. Em termos metodológicos, recorre-se à análise da materialidade audiovisual para perceber como os jornalistas, ao cobrir a restauração da democracia depois dos atos golpistas de oito de janeiro de 2023, narram também as memórias do golpe que inaugurou, na segunda metade do século XX, um período de 21 anos de ditadura militar, enquanto, em certa medida, silenciam acerca do papel da mídia em uma história de sístoles e diástoles.


Palavras-chave


memória; ditadura; mídia; TV pública; resistência

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DOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.132202414625

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