A morte de Costa e Silva e a ascensão de Médici nas narrativas de O Globo
Resumo
O artigo se propõe a analisar a série de matérias "113 dias de angústia - impedimento e morte de um presidente", de autoria do jornalista Carlos Chagas, que contribui para ilustrar, ao nosso ver, a complexidade das relações entre impressa e o estado autoritário brasileiro. O trabalho, publicado em O Globo entre 07 de janeiro e 06 de fevereiro de 1970, descreve o processo de sucessão do presidente Costa e Silva. As reportagens levaram o mesmo jornal a publicar em seguida outra série, com a versão dos chefes militares. Acreditamos que as narrativas sobre o episódio demonstram a pluralidade de papeis exercidos pelo diário durante a ditadura. O exame dessas questões evidencia momentos ora de distanciamento ora de recuos e conformações, que marcaram a relação entre a imprensa e o governo militar.
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PDFDOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.2120133840
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