DINÂMICA DO USO E COBERTURA DAS TERRAS DO MUNICÍPIO DE PORTO, ESTADO DO PIAUÍ

Wandemara de Oliveira Costa, Gustavo Souza Valladares

Resumo


Os estudos e mapeamento do uso e cobertura das terras, bem como sua dinâmica, são imprescindíveis para a compreensão dos impactos ambientais provocados, principalmente, pela ação antrópica, além de ser um importante instrumento para fins de planejamento ambiental e territorial são potencializados por meio da utilização do Sistema de Informações Geográficas (SIG) e das técnicas de sensoriamento remoto. Este trabalho tem o objetivo de identificar as mudanças na paisagem e a variação da vegetação por meio de uma análise espacio-temporal apresentando o mapeamento da dinâmica do uso e cobertura das terras do município de Porto, Piauí. A metodologia foi baseada em técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, utilizando as imagens do satélite Landsat 7 ETM+ e RapidEye, assim como revisão de literatura e trabalho de campo. A área de estudo corresponde ao município de Porto localizado na mesoregião norte do estado do Piauí, o trabalho foi desenvolvido no período entre 2000 e 2012. Dos resultados encontrados, a variação temporal da vegetação resultou em uma sucessão secundária de 22,36% devido a retração da área plantada. Esse percentual proporcionou alterações positivas na cobertura vegetal natural do município, pois com o abandono de áreas plantadas possibilitou-se a regereração da vegetação. Portanto, com o mapeamento do uso e cobertura das terras foi possível identificar mudanças na paisagem, principalmente a variação temporal da vegetação, que pode contribuir para o desenvolvimento de ações planejadas quanto a expansão do espaço urbano e atenuar os prejuízos que as ações antrópicas podem causar ao meio ambiente.


Texto completo:

PDF

Referências


AQUIAR, R. B. de; GOMES, J. R. de C. (org.) Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea: Diagnóstico do Município de Porto. Fortaleza: CPRM; Serviço Geológico do Brasil, 2004.

AQUINO, C. S.; VALLADARES, G. S. Geografia, geotecnologias e planejamento ambiental. Geografia, Londrina, v. 22, n. 1, p. 117-138, 2014.

BORGES, M. H.; PFEIFER R. M.; DEMATTE. Evolução e mapeamento do uso da terra, através de imagens aerofotogramétricas e orbitais em Santa Bárbara D'oeste (SP). Scielo Agricultura, Piracicaba, v. 50, n. 3, p. 365-371, out. /dez. 1993.

CABRAL, L. J. R. S.; VALLADARES, G. S.; SANTOS, A. C. dos. Mapeamento Geomorfológico do município de Porto, Piauí. Geonorte, [s.l.], ed. especial 4, v. 10, n. 3, p. 200-204, 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Introdução ao Processamento Digital de Imagem. Primeira Divisão de Geociências do Nordeste. Rio de Janeiro: Diretoria de Geociências; IBGE, 2001.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Manual Técnico de Uso da Terra. 3. ed. Rio de Janeiro: Diretoria de Geociências; IBGE, 2013.

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS - INPE. Introdução ao Sensoriamento Remoto, [s.d.]. Disponível em: http://www3.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm. Acesso em: 25 maio 2020.

MENESES, P. R. Princípios de Sensoriamento Remoto. In: MENESES, P. R.; ALMEIDA, T. de. (org.). Introdução ao processamento de imagens de sensoriamento remoto. Brasília, DF: CNPq, 2012.

MOTA, L. H. da S. de O. et al. Análise multitemporal do uso e cobertura das terras da região do Baixo Acaraú-CE. Geociências, São Paulo, UNESP, v. 32, n. 2, p. 379-396, 2013.

SANTOS, E. et al. A seca no Nordeste no ano de 2012: relato sobre a estiagem na região e o exemplo de prática de convivência com o semiárido no distrito de Iguaçu/Canindé-CE. Geonorte, [s.l.], ed. especial 2, v. 1, n. 5, p. 819-830, 2012.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2024 Wandemara de Oliveira Costa, Gustavo Souza Valladares



ISSN: 1677-8049 (Impresso)

ISSN: 2763-9819 (Online)

 Revista Científica o Direito Pensa