Ética e Estética, problemas de fronteiras: O diálogo entre a filosofia e a literatura
Resumo
A proposta deste texto é oferecer alguns aportes acerca da investigação dos problemas ético-estéticos por meio de uma análise teórico-conceitual que privilegia as interseções entre a Filosofia e a Literatura. O objetivo central é o de trabalhar a partir de autores filiados ao movimento romântico-idealista alemão destacando, em suas produções, a presença, direta ou inspirada, dos filósofos antigos, especialmente aqueles filiados à corrente estoica. Isto nos permite ampliar a discussão acerca das valorações morais por meio do resgate do conceito de “representação” a fim de propô-lo como um operador conceitual chave para as respostas acerca dos problemas éticos e estéticos contemporâneos. Para tanto, acredito ser possível uma investigação que aborde sempre uma dupla leitura, tematicamente bem recortada, mas que partirá de um referencial teórico-conceitual filosófico e uma obra literária afim (o diálogo entre Schopenhauer e Thomas Mann ou Augusto dos Anjos; Nietzsche e Dostoiévski; Kierkegaard e Ibsen, por exemplo), no intuito de mostrar como um estudo cuidadoso dessas “fronteiras” entre o discurso filosófico e o literário pode oferecer um mapeamento dos problemas relacionados ao debate Ética-Estética. O ponto de apoio fundamental desta proposta é o resgate da concepção “unicista” greco-romana entre as questões estéticas e as filosófico-morais com vistas à pergunta acerca de como seres humanos deveriam viver, o que nos leva a demonstrar como a compatibilização entre os campos de investigação ético e estético oferecem uma visão de mundo mais esclarecedora e ampliada da realidade.
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PDFReferências
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DOI: https://doi.org/10.26694/pensando.v5i9.3027
DOI (PDF): https://doi.org/10.26694/pensando.v5i9.3027.g1777
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