EFICIÊNCIA NA ALOCAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS NA EDUCAÇÃO

Viviane Theiss, Jorge Eduardo Scarpin, Delci Grapegia Dal Vesco, Nayane Thais Krespi

Resumo


RESUMO

O objetivo deste estudo é analisar a eficiência na alocação de recursos econômicos em relação ao incremento das externalidades positivas na educação dos países da América Central, do Sul e México. O método utilizado caracteriza-se quanto aos objetivos uma pesquisa descritiva, documental quanto aos procedimentos, com uma abordagem do problema quantitativo, com a aplicação da Análise Envoltória de Dados – DEA. A amostra compõe 9 países da América do Norte, 5 países da América Central e 4 países da América do Sul, escolhidas pela sua proximidade regional, semelhança econômicas e culturais. Com dados extraídos da plataforma UNDATA e armazenados em planilha eletrônica para posterior análise. Os resultados informam que o Brasil encontra-se entre os países que obtiveram eficiência máxima, em que é possível afirmar que, para o grupo de países analisados, este país está obtendo tantas externalidades quanto é possível para as despesas que possui com educação. Ressalta-se que Cuba obteve a menor eficiência da pesquisa, fato que pode ter sua explicação no tipo de economia deste país, que se encontra inserido no regime socialista. Porém essa justificativa não altera o resultado encontrado, ou seja, Cuba não está eficiente na alocação de recursos econômicos em relação ao incremento das externalidades positivas na educação. Desta forma, é possível concluir que existe diferença de eficiências na alocação de recursos econômicos em relação ao incremento das externalidades positivas na educação dos países da América Central, do Sul e México.


Palavras-chave


Despesas públicas com educação. Externalidades positivas. Análise Envoltória de Dados.

Texto completo:

PDF

Referências


BANKER, R. D.; CHARNES, A.; COOPER, W. W. Some Models for Estimating Technical and Scale Inefficiencies in Data Envelopment Analysis. Management Science, v. 30, n. 9, 1078-1092. 1984.

BARRO, R. J. Economic Growth in a Cross Section of Countries. Quarterly Journal of Economics, v. 109, n. 2, p. 407-43, May 1991.

BARRO, R. J.; MANKIW, N. G.; SALA-I-MARTIN, X. Capital Mobility in Neoclassical Models of Growth. American Economic Review, v. 85, n. 1, p.103-15, Mar 1995.

BARRO, R. J.; SALA-I-MARTIN, X. Economic growth. New York: McGraw-Hill, 1995.

BENHABIB, J.; SPIEGEL, M. M. The Role of Human Capital in Economic Development: Evidence from Aggregate Cross-Country Data. Journal of Monetary Economics, v. 34, n. 2, p. 143-74, 1994.

BILS, M.; KLENOW, P. J. Does Schooling Cause Growth. American Economic Review. v. 90, n. 5, p. 1160-1183, 2000.

CASA NOVA, S. Utilização da análise por envoltória de dados (DEA) na análise das demonstrações contábeis. 2002. 350 f. Tese (Doutorado em Ciências Contábeis) - Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

CHARNES, A.; COOPER, W. W.; RHODES, E. Measuring the Efficiency of Decision Making Units. European Journal of Operational Research. v. 2, n. 6, p. 429-444, 1978.

ERTUR, C.; KOCH, W. Growth, technological interdependence and spatial externalities: theory and evidence. Journal of applied econometrics, v. 22, p. 1033-1062, 2007.

HANUSHEK, E. A.; WOESSMANN, L. The Role of Cognitive Skills in Economic Development. Journal of Economic Literature, v. 46, n. 3, p. 607, Set. 2008.

IRANZO, S.; PERI, G. Schooling Externalities, Technology and Productivity: Theory and Evidence from U.S. States. The Review of Economics and Statistics, v. 91, n. 2; p. 420, May 2009.

KON, A. Subsídios teóricos e metodológicos ao planejamento econômico público. EAESP/FGV/NPP - Núcleo de Pesquisas e Publicações. Relatório de pesquisa nº 12/1997.

LOCHNER, L.; MORETTI, E. The effect of education on crime: evidence from prison inmates, arrests, and self-reports. The American Economic Review, Nashville, v. 94, n. 1, p. 155-189, mar. 2004.

LUCAS, R. E. On the mechanisms of economic development. Journal of Monetary economics, v. 22, p. 3-42, 1988.

MACEDO, M. A. S.; BARBOSA, A. C. T. C.; CAVALCANTE, G. T. C. Desempenho de agências bancárias no Brasil: aplicando análise envoltória de dados (DEA) a indicadores relacionados às perspectivas do BSC. Revista Economia & Gestão, v. 9, n. 19, 2009.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARE, C.; GRAGOS, C.; POPA, I.; DRAGOS, S.; SPAN, G. How to estimate teaching quality: an overview and some statistical evidences on a sample of master business students in Romania. Studia Universitatis Babes-Bolyai, v. 56, n. 1; p. 98, Abr. 2011.

MARSHALL, A. Princípios de Economia. São Paulo: Nova Cultural, 1984.

MARTINS, G. de A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. São Paulo: Atlas, 2007.

MARTINS, P. S.; JIN, J. Y. Firm-level social returns to education. Journal of Population Economics, v. 23, n. 2, 2010.

PIFFAUT, V. P. Education and economic growth in Chile. Columbia University, p. 379, 2009.

PINDICK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. São Paulo: Makron Books, 1994.

RODRIGUES, A. S. D. Ensaio sobre a literatura de análise dos efeitos da educação no crescimento econômico. Gestão e Desenvolvimento, v. 12, p. 199-218, 2004.

ROMER, P. Increasing returns and long run growth. Journal of Political Economy, Chicago, n. 94, p. 1002-1037, 1986.

SAMUELSON, P. A. The Pure Theory of Public Expenditure The Review of Economics and Statistics, v. 36, n. 4, p. 387-389, nov. 1954.

SCARPIN, J. E.; SLOMSKI, V. Estudo dos fatores condicionantes do índice de desenvolvimento humano nos municípios do estado do Paraná: instrumento de controladoria para a tomada de decisões na gestão governamental. Revista Administração Pública, v. 41, n.5, p. 909-933, 2007.

TOKMAN, A. Educación y crecimiento en Chile. Banco Central de Chile. Documentos de trabajo. 2004.

UNDATA. Disponível em: . Acesso em 01 de fev. 2012.

VERGARA, S C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.




DOI: https://doi.org/10.26694/2358.1735.2015.v2ed12721

Apontamentos

  • Não há apontamentos.