Risk factors for metabolic syndrome in adolescents / Fatores de risco para síndrome metabólica em adolescentes /

Ana Roberta Vilarouca da Silva

Resumo


No Brasil, a Síndrome Metabólica (SM) é desconhecida em várias regiões, e pouco estudada em diferentes populações. Isso porque, é proveniente da globalização, indicador inerente à modificação do estilo de vida da sociedade. Esta síndrome associa-se a Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), especialmente as cardiovasculares. E por ser multifatorial, destacam-se os níveis pressóricos e glicêmicos elevados, fatores-problema no desenvolvimento de complicações.

A SM é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular (a hipertensão arterial, a dislipidemia, a obesidade visceral e as manifestações de disfunção endotelial), usualmente relacionados à disposição central de gordura e à resistência à insulina(1).

As três principais definições clínicas da SM em adultos utilizadas são as propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) e pela International Diabetes Federation (IDF)(2). E em adolescentes existem adaptações(3-4).

Assim, são fatores de risco para SM agregação de excesso de peso ou adiposidade central, hipertensão arterial, elevação dos triglicerídeos, diminuição do colesterol HDL (high density lipoprotein) e intolerância à glicose/resistência à insulina/diabetes mellitus tipo II (DMII).

A prevalência de síndrome metabólica é variável, em função dos diferentes critérios diagnósticos utilizados. Na população pediátrica, as frequências de síndrome metabólica variam de 4,2% a 9,2%, com aumento na prevalência quando se consideram crianças e adolescentes obesos para 17,3% e 35,5%. Alguns estudos destacam que os componentes mais frequentes no diagnóstico de síndrome metabólica são a aumentada circunferência abdominal (88,1%) e pressão arterial (47,5%), seguidos de maior concentração de triglicerídeos (23,4%) e de baixo HDL-colesterol (23,3%)(5).

Em se tratando do estado do Piauí, a busca à literatura revelou que até o presente momento, existe uma pesquisa em conclusão com foco na SM entre universitários e outras que iniciaram em 2014 com escolares, incluindo crianças e adolescentes de escolas públicas e privadas. Consequentemente, ainda não se conhece a sua prevalência nesses locais, assim como, não se conhece a prevalência da SM em populações específicas, como em adolescentes escolares. Levando em consideração as informações descritas anteriormente sobre os possíveis agravos que a SM pode causar, a associação às doenças cardiovasculares e ao DM2, acredita-se que a pesquisa sobre os fatores de risco para SM seja de extrema importância ao trazer dados iniciais sobre a SM, o que deverá suscitar o planejamento e a implementação de ações que tenham impacto na promoção da saúde dos estudantes.


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DOI: https://doi.org/10.26694/reufpi.v3i2.2010

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