Visit in the intensive therapy unit: perspectives of patients and family / Visita na unidade de terapia intensiva: perspectivas de pacientes e familiares / Visita en la unidad de terapia intensiva: perspectivas de pacientes y familiares
Resumo
Objetivo: analisar a visita na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na perspectiva de pacientes e familiares. Metodologia: estudo qualitativo, realizado em hospital do noroeste do Paraná. Realizou-se busca no mês de maio de 2018 através da análise de prontuários dos pacientes pós-alta da UTI e seus respectivos familiares. Obteve-se nove entrevistas, oriundas de três pacientes e seis familiares. As entrevistas foram transcritas e submetidas a análise de conteúdo. Resultados: O tempo médio de internação foi de 15 dias. Emergiram três categorias: “Percepções prévias à visita na UTI-A”, que destaca o preconceito e a falta de informação em relação ao ambiente e o prognóstico dos pacientes; “Sentimentos positivos frente à visita na UTI-A”, a qual compreende a sensação de segurança, diminuição do estresse e da ansiedade após a visita no setor, apresentando, ainda, a religiosidade como ponto de fortalecimento; “Organização da visita como determinante da experiência”, a qual destaca que a orientação dos familiares acerca da unidade diminuía o desconforto com a visita. Ademais, relataram a insatisfação com os horários de visitação. Considerações finais: Apesar de sentimentos prévios vinculados ao medo, associado à hostilidade da UTI, a visita é percebida positivamente pelos pacientes e familiares, e pode ser facilitada/melhorada por meios organizacionais.
Descritores: Humanização da Assistência. Unidades de Terapia Intensiva. Apoio Social. Enfermagem.
Texto completo:
PDFReferências
Brasil. Ministério da Saúde. Resolução de Diretoria Colegiada nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. Diário Oficial da União. 2013[citado em 2018 mai 18]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_02_2010.html
Lima MS, Monteiro LD, Nogueira LSS, Martins-Melo FR. Cuidado de enfermagem à família de pacientes internados em unidade de terapia intensiva: revisão Integrativa. Rev enferm UFPE. 2015; 9(5):7957-66. [citado em 2018 mai 12];9(5):7957-7966. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/15037/1/2015_art_mslima.pdf
Ribeiro KRA, Borges SP, Balduino JAS, Silva FA, Ramos TMST. Dificuldades encontradas pela enfermagem para implementar a humanização na unidade de terapia intensiva. Rev Enferm UFPI. 2016[citado em 2018 jul 02];6(2):51-6. Disponível em: http://www.ojs.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/5777/pdf.
Brasil. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Brasília: Ministério da Saúde; 2004[citado 2018 mai 10]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizaSus_doc_base.pdf
Machado ER, Soares NV. Humanização em UTI: sentidos e significados sob a ótica da equipe de saúde. R. Enferm. Cent. O. Min. 2016[citado em 2018 jul 15];6(3):2342-48. Disponível em: http://seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/1011
Chernicharo IM, Silva FD, Ferreira MA. Caracterização do termo humanização na assistência por profissionais de enfermagem. Esc Anna Nery. 2014[citado em 2018 mai 13]; 18(1):156-62. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v18n1/1414-8145-ean-18-01-0156.pdf
Eugênio CS, Beck Filho MCB, Souza EM. Visita aberta em UTI adulto: Utopia ou realidade? Rev Enferm UFSM. 2017[citado 2018 mai 17];7(3):539-49. Disponivel em: https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/22692.
Reis LCC, Gabarra LM, More CLOO. As Repercussões do processo de internação em UTI adulto na perspectiva de familiares. Temas em Psicologia. 2016[citado em 2018 mai 2];24(3):815-28. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/5137/513754280003.pdf.
Bardin, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2011.
Ullman AJ, Aitken LM, Rattray J, Kenardy J, Le Brocque R, MacGillivray S. et al. Intensive care diaries to promote recovery for patients and families after critical illness: a cochrane systematic review. J Crit Care. 2015[citado em 2018 jul 15];52(7):1243-53. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0020748915001005.
Nunes MEP. Percepção de familiares sobre visitas a pacientes e regras em unidade de terapia intensiva. Arq. Ciênc. Saúde. 2017[citado em 2018 mai 10];24(3): 84-8. Disponível em: http://www.cienciasdasaude.famerp.br/index.php/racs/article/view/669.
Carli BS, Ubessi LD, Pettenon MK, Righi LB, Jardim VMR, Stumm EMF. O tema da humanização na terapia intensiva em pesquisas na saúde. J res fundam Care. 2018[citado em 2018 jul 20];10(2):326-33. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/6018.
Garrouste-Orgeas M, Périer A, Mouricou P, Grégoire C, Bruel C, Brochon S et al. Writing in and reading ICU diaries: qualitative study of families’ experience in the ICU. PLoS ONE 2014[citado em 2018 jul 02];9(10):e110146. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25329581.
Evangelista VC, Domingos TS, Siqueira FPC, Braga EM. Equipe multiprofissional de terapia intensiva: humanização e fragmentação do processo de trabalho Rev Bras Enferm. 2016[citado em 2018 jul 02];69(6):1099-107. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v69n6/0034-7167-reben-69-06-1099.pdf
Pilger C, Macedo JQ, Zanelatto R, Soares LG, Kusumota L. Percepção da equipe de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva com relação à espiritualidade e religiosidade. Cienc Cuid Saúde. 2014[citado em 2018 jul 03];13(3):479-86. Disponível em: http://eduem.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/viewFile/19788/pdf_219
Longuiniere ACF, Silva YSD, Sampaio EC. Influence of the religiosity/spirituality of health professionals on critical-patient care. Rev Cuid. 2018[acesso em 2018 mai 03];9(1):1961-72. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?pid=S22169732018000101961&script=sci_abstract&tlng=en.
Puggina AC, Lenne A, Carbonari KFBSF, Parejo LS, Sapatini TF, Silva MJP. Percepção da comunicação, satisfação e necessidades dos familiares em Unidade de Terapia Intensiva. Esc Anna Nery. 2014[citado em 2018 mai 03];18(2):277-83. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v18n2/1414-8145-ean-18-02-0277.pdf
Michelan VCA, Spiri WC. Perception of nursing workers humanization under intensive therapy. Rev Bras Enferm. 2018[citado em 2018 jul 03];71(2):372-78. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v71n2/0034-7167-reben-71-02-0372.pdf
Moraes AS, Pegoraro RF, Borges CS. Utilização de vídeo explicativo como recurso auxiliar para acolhimento de famílias em visita à UTI. Rev Psic Saúde. 2017[citado em 2018 jul 03];9(1): 139-51. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpsaude/v9n1/v9n1a09.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. [citado em 2018 mai 03]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-fccf9220c373
Piccini JD, Dummer CD, Fernandes RD, Arenhardt MP, Maraschim R, Bassotto JPC. Distanciamento dos familiares como principal fator estressor em uma Unidade de Terapia Intensiva. Revista da AMRIGS. 2016[citado em 2018 mai 03];60(1):1-5. Disponível em: http://www.amrigs.com.br/revista/60-01/01.pdf.
DOI: https://doi.org/10.26694/2238-7234.9165-72
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Indexada em:
Apoio:
